27 dezembro, 2008

Nosso lixo

“ Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei... ”  Jesus.
Às vezes ficamos sobrecarregados e nem sempre conseguimos diagnosticar o mal que sentimos porque este não é apenas um, mas muitos.
São elementos que ao longo da existência nós mesmos os adicionamos à nossa vida comum sob o pretexto de que algum dia vamos precisar deles; ou ainda, por pura ingenuidade ou piedade os acolhemos em nosso ser e daí em diante eles se incorporam no nosso dia-a-dia acumulando pesos absolutamente desnecessários mas que carregamos como se fossem parte da nossa existência.
Essas tralhas que estão fincadas em nossa persona também interferem em nossa estética pois passamos a ser vistos como grandes porcas gordas que quase já não se movem, apenas existem sem beleza natural e individual.
Quando nos livrarmos desse lixo psicológico seremos não apenas indivíduos mas gente, com idéias, com sorrisos, e com liberdade; com uma estética bem pessoal mas bem natural e bela.
Faça uma faxina; livre-se do que não faz parte de você; Peça ajuda Jesus.

Deus te abençoe



Cansados mas lutando

O famoso exército dos 300 de Gedeão era, no início, de trinta mil homens mas após rigorosa seleção conforme critérios divinos sobraram apenas uns dez por cento; todos estes estavam preparados para a batalha.
O livro dos Juízes nos diz no capítulo 8.4 que quando Gedeão atravessou o rio Jordão com os 300, eles estavam cansados mas ainda perseguiam o inimigo. O cansaço era da guerra; eles já haviam derrotado os midianitas mas procuravam agora dois dos seus reis e um resto do exército deles que acabaram vencidos pelos homens de Deus
Os homens de Gedeão eram do tipo que não conheciam o medo; possuíam um enorme senso de alerta e eram obedientes e submissos ao seu comandante.(ler cap. 7) Pessoas assim ganham qualquer batalha em qualquer lugar porque estão sempre de prontidão; são os nascidos para vencer.
Todavia o texto diz que eles estavam cansados. Pessoas corajosas cansam porque vivem sempre lutando; gente que vive em estado de vigilância tem o seu momento de exaustão e os que seguem sempre submissos a um comando precisam parar para renovar forças.
Ali também está escrito que estes mesmos homens ainda perseguiam, ainda lutavam. Esta é a característica fundamental dos vencedores: eles lutam mesmo cansados; eles perseguem seus objetivos ignorando seus próprios limites porque sabem que a vitória é certa. Para eles fadiga não é adversidade mas sinal de que o desfecho está próximo. Eles não se deixam abater e não param até que a sua bandeira seja levantada.
Hoje quero lhe animar a continuar lutando com os olhos fixos no Autor e Consumador da nossa Fé embora o cansaço tenha chegado; quero lhe lembrar que às vezes, por muito pouco, alguns deixaram de ganhar porque desistiram já quase pisando a calçada da vitória; quero lhe convencer de que vale a pena insistir, mesmo quando as forças querem faltar.
Nosso alvo é servir ao Senhor haja o que houver; nossa luta é dEle, nossos inimigos são inimigos dEle. “Em todas estas coisas somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou.”

Deus te abençoe

26 dezembro, 2008

Manjedoura, Menino e Marketing

A palavra natal tem uma significação diacronicamente alterada; com o passar dos anos uma nova carga de sentimentalismo se somou ao vocábulo alterando também a sua mensagem essencial. Assim, quando se diz: ‘tá chegando o Natal’, na verdade o que se quer dizer é que estamos próximos da época das muitas compras que não puderam ser realizadas porque o Natal é uma referência comercial.

A cena dos Magos ao redor de um bebê na manjedoura, eternamente congelada na memória popular, não condiz com o conteúdo da mensagem bíblica natalina. A rigor, tal cena nunca teria acontecido porque quando os Magos chegaram à Casa viram o menino com Maria sua mãe, e prostrando-se o adoraram. Mateus 1.11. O texto mostra que eles já moravam numa casa e, além disso o Rei Herodes que tivera contato com os Magos um pouco antes, após ser informado quanto ao tempo em que a estrela aparecera, decretou matar todas as crianças de dois anos para baixo pressupondo que o menino Jesus devia ter em torno de um ano de idade, portanto já não estava mais na manjedoura.

Isso não faria nenhuma diferença se a história do Cristo parasse aí. Mas não é assim, o Jesus bíblico sai da manjedoura, cresce, torna-se homem e executa a sua missão de implantar o Reino de Deus. A ênfase do texto sagrado nunca é sobre um recém-nascido mas contempla Jesus como o Salvador e o que Ele fez aqui como o Filho do Deus vivo; aliás esta foi a mais importante confissão feita por um discípulo seu face a face com Ele, e foi acerca disto que Ele respondeu: “... sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, isto é, sobre esta Confissão: “TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO”. Mateus 16.16

No batismo de Jesus uma voz bradou dos céus: “Este é o meu Filho amado...” Mt.3.17, frase que em seguida foi usada pelo diabo como provocação na tentação do deserto: “Se és Filho de Deus...” Mt.4.3, e que também foi ouvida no monte da transfiguração, um dos momentos místicos mais importantes do seu ministério.

Festejar o Natal de Jesus enfocando apenas um bebê sobre palhas parece reduzir o poder da mensagem do Filho de Deus e esquecer o restante das profecias ditas acerca dele: “Um menino nos nasceu, um Filho se nos deu e o Governo está sobre seus ombros” Isaías 9.6; “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Lucas 1:31-33.

O espírito capitalista que possui os donos do comércio natalino usa o menino Jesus como garoto propaganda da Festa para mobilizar as multidões famintas por comprar, ainda que para isso, comprometa as Santas Escrituras, como lhe é próprio. A estas alturas não faz a menor diferença se o menino é o Filho de Deus que um dia reinará; o resto é muito dinheiro na Bolsa.

Deus te abençoe